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domingo, 29 de setembro de 2019

Tributo a uma guerreira

Ela se foi. Depois de vários anos de trabalho duro ela parou de funcionar. Eu até tinha trocado sua bateria recentemente, mas não deu. Foram quilos de resina e endurecedor, sempre garantindo a mistura adequada. Ela suportou o desleixo de meus ajudantes, que a operaram ao longo do tempo (também contribui para o acúmulo de resina dura no seu corpo). Eu a ganhei da minha cunhada Elisabete, que na época tinha usos mais nobres para ela, no auxílio de receitas de doces e bolos, mas ela veio pesar resina e contribuiu muito nos trabalhos do nosso catamarã.
Neste final de semana a troquei por uma chinesa, espero que eu não sinta saudade da minha velha amiga!
Minha velha balança se foi!

A substituta chinesa 

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Construindo a casaria

Depois de terminada a estruturação do convés a próxima etapa é a casaria. Como o próprio nome diz será o local de da habitação do barco e local do comando também.
A primeira parte será a parte da frente, onde estarão as janelas frontais da embarcação. Está parte traz um desafio adicional, pois é uma parede curva. Curva, por vários motivos: por designer, por possibilitar uma melhor visão na posição de comando e diminuição a resistência ao vento frontal quando em deslocamento (veja o vídeo abaixo para melhor compreensão).
Para realizar a construção desta parede curva serão necessárias três peças em arco. As peças estão sendo montadas em um molde feito pelo mestre marceneiro Sr. João.

Molde construído pelo mestre
marceneiro Sr. João

Tábuas receberam resina epóxi.

Primeira peça montada.




Vídeo



domingo, 15 de setembro de 2019

Testando madeira plástica

Em tempos de queimadas na Amazônia e de discussões acaloradas sobre o meio ambiente, (eu defendo o controle da sanha predatória de grileiros, ruralista e invasores de terras de terno e gravata) não posso dizer que eu também tenha sido ecologicamente correto. Afinal meu barco é todo de madeira, revestido fibra de vidro e resina epóxi.
Já usei centenas de metros de ripas, tábuas e vigas, de angelim, garapeira e peroba cupiúba e continuo usando. Em breve terei que forrar o convés e serão quase 60 metros quadrados de piso.
Um dos principais motivos que me colocou na tarefa de construir um barco foi a minha quantidade limitada de recursos*. Portando sempre pesquisei por métodos construtivos e materiais com bom custo-benefício.
Em recente pesquisa encontrei a Ecomax (http://madeiraplasticaecomax.com.br) empresa cearense que fabrica madeira, feita a partir da reciclagem de embalagens plásticas, casca de arroz e serragem. Produzem tábuas com 40 cm de largura, 3 cm de espessura e 6 metro de comprimento (ou sob medida), dentre outros produtos. Segundo o fabricante o produto pode ser lixado, pintado, usinado, furado, colado e fixado com pregos e parafusos. A tábua custa R$ 34 o metro linear ou R$ 85 o metro quadrado.
No vídeo abaixo eu mosto o teste que fiz com o material. deixei uma peça submersa por 40 dias.
Nota: nas últimas semana continuei também a estruturação do convés. Atualizarei em breve!

* claro que preciso dizer que construir meu próprio barco é uma experiência que não tem dinheiro que pague.

Vídeo