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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um novo site para comprar e vender barcos

Foi lançado recentemente o mais novo site de classificados, do setor náutico do Brasil. O Barcos a Venda. O site funciona com anúncios gratuitos e promocionais e desenvolve conteúdo segmentado.
Além de anúncios de compra e venda de barcos, o site também disponibiliza anúncios para fornecedores de produtos náuticos e prestadores de serviço.
Confira: www.barcosavenda.com

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Meu barco na Revista Náutica

Pelo menos a história dele, que foi contada por mim na coluna Porto Livre da revista, edição de outubro de 2011. O texto original era um pouco mais extenso, mas a versão condensada publicada ficou muito boa. O convite para eu escrever o texto partiu do editor da revista Náutica, Jorge de Sousa, depois de um e-mail que enviei para redação. No site da revista há um convite permanente para que leitores, que desejem, colaborem com a revista e foi assim que meu texto foi estampado na Revista Náutica.
A seguir a integra do meu texto:

Os sonhos não envelhecem!
por José Luiz Borriero

Era meados da década de 60, num domingo de sol, partimos para um dia de lazer. O destino era a Praia Azul, na época um badalado balneário na cidade de Americana, SP. A família era grande: avós, pai, mãe, irmãos, tios e um monte de primos. Meu tio Arnaldo há pouco tinha adquirido uma Kombi, que se tornou a alegria da família. Naquele dia ela partiu de Jundiaí lotada de crianças, ansiosas, para a diversão no balneário. Apesar de ser uma represa eu nunca tinha encontrado extensão de água tão vasta.
Meus primos e eu nos divertimos muito, estávamos encantados com o lugar, mas naquele dia eu ainda teria uma experiência, que me marcaria por toda vida. Estávamos fazendo um lanche, quando minha avó chamou nossa atenção, para uma dúzia de barquinhos brancos, que deslizavam pela água, impulsionados pelo vento. Naquele dia assisti pela primeira vez uma regata. Naquele momento me apaixonei pela vela, apesar de eu ter na época cerca de 8 anos de idade, lembro-me com muita clareza dos fatos daquele dia.
Já adolescente sempre, que podia, comprava revistas, que tratavam do tema, e desde aquela época, havia decidido que eu teria meu próprio barco. Mas esta tarefa mostrou-se muito difícil. Para um filho de um pedreiro e uma tecelã, adquirir um barco era na verdade um missão impossível. Ah! mas eu tinha a saída: ia construir eu mesmo meu barco. Nada mais excitante para um jovem, construir seu barco e sair velejando pelo mundo! Porém a realidade mostrou-se mais distante do sonho. Eu tinha pouca informação e os recurso eram menores ainda. Por onde começar, onde eu encontraria um projeto que eu pudesse pagar? As perguntas eram muito mais numerosas que as respostas.  Ai teve carreira, crise econômica, desemprego, casamento, ufa! Então o sonho virou utopia.
Na verdade por duas décadas o projeto de construir o barco ficou meio que engavetado, mas nunca esquecido. Eu sabia onde estava e o que significava para mim. Felizmente bons ventos voltaram a soprar  e eu pude novamente voltar a sonhar.  Há dez anos comprei um barquinho usado de 10 pés. Caprichei na reforma e de vez em quando,  aproveito os ventos da Serra da Mantiqueira, que sopram sobre a represa do Jaguarí, na cidade de Vargem, SP. Muito bom, mas muito distante do projeto inicial. Depois da compra do barquinho resolvi colocar o projeto novamente na ordem do dia. Mudanças, claro, fizeram-se necessárias, porém a idéia de eu mesmo construir meu barco não abri mão.
Então me coloquei novamente a pesquisar. Só que agora tinha uma nova aliada: a internet. Informações sobre projeto, materiais, técnicas de construção e principalmente pessoas, um mundo amplificado de idéias e conhecimento. Sempre que podia estava ali pesquisando. Por anos fiquei assim, até que um dia percebi que tinha um grande acervo de arquivos armazenados no computador, muita informação mesmo, mas era só isso. Decidi que era hora de parar de sonhar e colocar mãos a obra. No inicio de 2009 elaborei um planejamento, na verdade tracei algumas metas. Aquele ano seria dedicado a definição do projeto. Sempre achei que eu mesmo faria o projeto. Apesar de ter certo conhecimento de mecânica e desenho técnico percebi que seria um pouco arriscado confiar apenas na minha bagagem teórica autodidata. Resolvi comprar um projeto.
Na internet não é muito dificil encontrar projetos, porém como disse acima fiz algumas mudanças nos meus planos, ou melhor no tipo de embarcação que desejava construir. Vislumbrando a apoentadoria no horizonte saiu a vela entrou o motor. Me decididi por construir um power catamarã de 40 pés, que me servirá de moradia e trabalho também, pois pretendo tabalhar com turismo, fazendo passeios em Paraty e região. Os sites que vendem projetos nao tinham o que eu procurava. A saída foi encomendar um. Foi aí que conheci o Mário Stipanich, filho e neto de donos de estaleiros na baixada santista. Sua especialidade é o desenvolvimento de projetos para construção amadora.
Em setembro de 2009 recebi o projeto. Agora não tinha mais volta, adiquiri ferramentas e no dia 13 de dezembro cortei a primeira peça de madeira. Confesso que foi um misto de emoção e frio na espinha, afinal é uma empreitada e tanto para um jovem de 53 anos. Mas  o tempo foi passando e um ano depois posso dizer que esta será umas das mais importantes experiências da minha vida. Eu gostaria de ter concluído a estrutura do casco de boreste este ano, mas não será possível. Estou construindo o cadaste (peça da popa) e falta ainda a roda de proa, mas as cavernas na parte reta da quilha já estão assentadas. Estes 12 meses de trabalho foram um grande aprendizado e sei que aprenderei muito mais ainda. No final disso tudo terei um barco e uma lição de vida, que já elevou muito minha auto-estima.


nota: o texto foi escrito em dezembro de 2010.

Furo do cadaste concluído


Finalmente o furo do cadaste está pronto. Foi uma grande tarefa e um grande aprendizado. Acredito que a segunda peça será mais fácil, agora que as ferramentas estão feitas e já sabemos os caminhos das pedras. Agora o próximo passo é fixar as cavernas no cadaste e partir para o fechamento do casco. Preciso voltar no lugar as cavernas de proa que tirei para resinar.






Veja todas as fotos da série, click na miniatura acima.

Veja mais sobre a construção no site:
https://sites.google.com/site/paratyazimute/

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Furo do cadaste com 45mm

Alargar o furo do cadaste foi de longe a tarefa mais complexa que realizei na construção até o momento. Tive que usar a criatividade e da ajuda de vários amigos para chegar até aqui. Felizmente o resultado produzido foi o esperado.
O furo do Cadaste esta com 45mm a apenas 5 mm da medida do projeto com mais dois passes da fresa concluo esta tarefa. Tarefa esta que contei com a valiosa ajuda do Sr João, e com a dica valiosa da porca cônica (veja o post anterior), do meu amigo Walnei.
 Na semana passada alguns amigos me visitaram na construção, o Rildo Monteiro, Luiz Cassino e o Reginaldo Bertolotti. Na outra semana eu tinha recebido de outro amigo, o Dário Arruda, que chegou no estaleiro com duas taças e uma garrafa de vinho especialíssimo. O trabalho foi interrompido, mas foi por uma boa causa.


Furo do cadaste chegando a 45mm.

No final do furo de 25 mm, que já existia foi instalado um calço de
prolongamento, para permitir
que o furo do cadaste fosse feito na totalidade.

Assista os vídeos, deste e do post anterior, há informações complementares.

Veja mais sobre a construção no site: